domingo, janeiro 21, 2007

131-A importância de 1 minuto...

A assistência médica em tempo útil é um direito de todo e qualquer cidadão, a verdade é que nem todos estarão englobados nesse direito no que diz respeito a uma assistência capáz e definida como vital e urgente no que concerne ao salvar uma vida, senão vejamos: - Qualquer um de nós enquanto cidadão do Mundo está abrangido de igual modo (pelo menos assim deveria ser) no que diz respeito a uma assistência médica que se torne verdadeiramente eficaz e oportuna. Os que trabalham pagam uma taxa sobre o seu rendimento para esse efeito, valor esse que é parte de comparticipação quer de direito próprio, quer em relação a outros que ainda não desempenham actividade por serem menores, quer ainda para aqueles que por diversas razões se encontram "apeados" de uma actividade profissional. A verdade é que apesar de todos contribuirmos para tal nem todos estão em caso de urgência extrema abrangidos por esse mesmo direito de assistência.

A importância de 1 minuto...
No espaço de duas semanas, acontece em Odemira a segunda vítima mortal ao que tudo indica (apesar de vozes em contrário) aceleradas por uma assistência tardia, ou quiçá por uma avaliação crucial atrasada . Sempre se ouviu dizer que a morte não escolhe idades , nem momentos, e que perante ela todos nós somos impotentes, mas , e para peso da nossa consciência há sempre algo que fica por fazer. Quem adoece ou é sinistrado não tem culpa que os meios necessários em casos delicados como os acontecidos, estejam a mais de 100 kms de distância, o que entre chamadas de socorro , aliado a uma disponibilidade que nem sempre poderá ser imediata, e ainda a um mau estado das vias de comunicação se venham estas situações no conjunto a tornar-se fatais , como parece ter sido o caso de a assistência exigida não chegar a tempo. Por muito que os responsáveis venham dizer que foi feito e cumprido o que pareceu ser o melhor , a verdade é que como aconteceu no 1º caso, 7 horas de espera entre o tempo de um alerta e a opinião/resolução final sobre o modo de assistência é de loucos, disso não temos dúvida. Claro que situações terão acontecido para as coisas decorrerem dessa forma, nem pessoalmente eu acredito que tenha havido negligência, no entanto o pior desfecho aconteceu. A outra situação a 2ª , prende-se com o facto de o Helicopetro de apoio ter chegado quatro horas depois de ter sido pedido socorro, quando por um enfarte, a vítima já estava em falência cardíaca, complicado ainda mais pelo facto de não existir médico disponível no SAP para acompanhar o doente no transporte ao hospital.
É urgente que se veja onde se pode e como melhorar estas situações e o consequente meio de actuação, não podemos viver como se não existisse vida para além dos grandes aglomerados urbanos, e estar dependentes de apoios que estão a tanto tempo de distância, e ainda por cima sobre-agravados por decisões que por vezes demoram a chegar.
As coisas não acontecem só aos outros, elas podem mesmo acontecer a quem tem o poder de decisão e todo o minuto que passa é demasiado importante quando estamos perante situações deste tipo. A carapuça será para quem achar conveniente lhe servir, não é de modo algum um ataque a quem de direito tens as decisões em mãos, mas antes um alerta para que cada situação sirva de exemplo a que algo possa ser melhorado, porque sempre o pode ser se assim o entendermos.

Boa semana para todos / GW

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