domingo, fevereiro 04, 2007

133-Nada nos satisfáz... bolas

Nunca se está satisfeito... esta é a opinião que não só tenho sobre as pessoas, mas também muitas vezes sobre eu próprio. Tanta celeuma se tem levantado sobre as declarações do ministro Manuel Pinho e o que terão provocado e levantado suspeitas quanto ás palavras proferidas, mas que surtem efeito nos que simplesmente têm o fim de criticar. É verdade que o ministro não tem sido feliz em algumas declarações ao longo do seu mandato, mas também é verdade que quando falhamos uma vez , levamos simplesmente por tabela das outras, pois há sempre alguém que aperta o cerco , procurando um deslize para fazer manchete, pouco se importando com o que irá despoletar ou pior ainda, levantando problemas só pelo facto de provocar guerras, ou por outra razão, ser este tipo de notícia a mais vendável e lucrativa. Não se trata muitas das vezes em fazer uma crítica , mas sim a de fazer tombar ingloriamente o outro em pleno campo de batalha.
Quanto a mim, não sendo "expert" na matéria , sei um pouco das linhas com que me cozo, é um facto que se a China quer entrar no mercado europeu, o procurárá fazer através de países onde a mão de obra é mais acessível, logo é lógico que neste caso não haja mal algum em referir que Portugal é um mercado de investimento acessível. Rotularem-nos de terceiros-mundistas ? na verdade sei que não andamos lá muito bem, mas muito sinceramente, não estivemos já pior ? claro que sim... Se avaliarmos a situação em relação a bons períodos que vivemos após o 25 de Abril, reconheço que não estamos assim tão bem, a verdade porém é que já houve dias piores, mas como disse atrás, há sempre quem queira tudo de uma vez , como se fosse possível passarmos imediatamente do mau para o bom.
Não posso deixar de rever toda a situação vivida desde que me conheço, mas, uma coisa eu tenho consciência, se há uns anos os governos , fossem de que tendência política fossem, tivessem optado por medidas de contensão como as que hoje estão a ser colocadas em prática, talvez não estivessemos a reclamar diariamente sobre o momento presente. Porém é fundamental que vejamos e tenhamos consciência do que avaliamos, porque quanto a mim estamos simplesmente a procurar derrotar aqueles que neste momento enveradam pelo caminho mais aconselhável. Todos temos direito a apresentar as nossas críticas e estas podem ser negativas ou positivas perante terceiros, mas bom seria que as fizessemos numa avaliação, correcta, honesta e essencial.
De bocas "foleiras" anda tudo cheio, confesso que pode não ter sido muito oportuno as declarações que foram feitas pelo ministro, mas a verdade é que se queremos que esse possível investimento nos caia nas mãos , o mesmo terá que ser feito tendo em conta que Portugal, dentro dos países europeus é dos que tem a mão de obra mais acessível, e se não tem a rentabilidade desejada e o Pib subsequente não é melhor, é porque nós muito possívelmente não estaremos a dar o nosso melhor , parece-me que há por aí muito boa gente que se inibe de trabalhar ou pior ainda, o melhor que sabem fazer é nada, a não ser fazer uma busca constante de um motivo em concorrer a uns médias de todo sensacionalistas , quando deviam não só dar a conhecer coisas mais urgentes e necessárias , mas acima de tudo contribuir para um bem estar que se impõe em vez de usarem um espírito derrotista lactente.

e pronto , já sou candidato a levar mais um puxão de orelhas, uma boa semana para todos.
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GW

1 comentário:

  1. Caro general,
    Conheceste-me como helca há anos atrás. Então respeitava-te e esse respeito nunca se perderá.
    Concordo que o ministro em causa nem sempre pensa bem antes de falar.
    Mas, felizmente, pensa bem antes de agir. E ninguém pode dizer que não tem feito um bom trabalho, sobretudo numa conjuntura bem desfavorável.
    E, sim, que pena não se ter feito isto há anos largos atrás.
    Foi o que a Espanha fez logo que o Franco morreu e o resultado está aí. Apesar de terem atingido percentagens de desemprego da ordem dos 30%, então.
    Vamos deixar de ser velhos do Restelo e vamos unir-nos na luta pela mudança de mentalidades.
    Abraço, GW

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