sexta-feira, setembro 17, 2010

277 - Ser ou não ser... penso que seja

Olá;
Como repararam a minha vinda ao Blog está mais espaçada no tempo. Não se trata de falta de vontade, ou mesmo falta de tema. Na verdade , não fui feito para estar parado, antes pelo contrário, encontro-me hoje, apesar de tudo com a genica de quem quer estar sempre ocupado, ainda bem, para mim, que assim é.
Quinze dias após a deliberação da(s) sentença(s) sobre o processo Casa Pia, noto com alguma mágoa, haver quem, incessantemente, queira fazer pervalecer o que diz de direito, atirando palavras, algumas já rodeadas de ofensa, em tudo quanto é entrevista direccionada para o grande público.
Ora, tenho como cidadão, plena consciência, de que é a "defesa" um direito próprio, mas para isso existem os locais próprios para tal desempenho.
De certo modo custa-me saber, e também presenciar que grande parte do tempo de antena das rádios e televisões está a ser ocupado com a defesa de um dos arguidos no processo.
Eu, como muitos dos que estão por fora, somos levados como é lógico a acreditar no trabalho de quem fundamenta decisões, e essas, quer queiramos, quer não, serão consideradas num paralelismo, de que haverá uma parte culpada e uma parte inocente.
Não vou desviar o meu sentido de opinião, embora tenha esse direito, numa análise própria de quem sabe tudo, antes pelo contrário, essa opinião fundamento-a no que em seis anos acompanhei sobre o processo, e em quem e no quê acreditei.
Parece-me uma indelicadeza optar por uma aceitação da minha parte pelo que na realidade eu não aprovo, e isso reflete-se na forma como é dada oportunidade a um determinado arguido de dizer tudo e mais alguma coisa sempre em seu abono, o qual pode não ser o da verdade.
Certo é, que a insistência da parte de quem quer que seja sobre um assunto, leva muita gente a esquecer a outra parte, e em meu entender, é isso que se pretende, fazer com que nos façam crer que o que determinada pessoa diz e fáz é a verdade e nada mais interessa, procurando assim fazer oscilar a opinião de quem aos poucos deixa de ouvir os outros e só ouve este.
Em primeiro lugar, não sei se esse tempo de antena é pago pelo interveniente, por outro lado , talvez o mesmo seja feito com interesse numa subida de audiências, mas façamos um "juízo de valores" e vamos colocar em nós próprios se isso é plausível, em meu entender não o é.
Pessoalmente, lamento, outra coisa não posso dizer e estaria a ser ingrato para com a minha consciência.
É um facto que todos os arguidos, terão se assim o entenderem, oportunidade de defender a sua causa em local próprio, não nos façam "engolir" à força o que nos pode causar uma "indigestão". Tal como deposito a minha confiança, num governo, numa administração, ou nos dirigentes da minha colectividade, também deposito essa confiança em quem dirige todo o processo Casa Pia agora, que houve alguém em equipa com a coragem de decidir e julgar desta forma os arguidos, há quem queira a todo o custo que se recorra, se aceite, se delibere, em opiniões contrárias de modo a ilibar culpados, arrastando o processo até o prazo de cumprimento de pena expirar...

Boa semana para todos,
GW

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