sexta-feira, março 28, 2008

192-Será que estou errado...

Há dias quedei-me por um texto que escrevi em tempos e que partlhei com alguns de Vós, mas que agora, trago ao conhecimento de todos, não só pelas palavras que insere, mas mais ainda pela reflexão que ele exige;
Amar...
Não necessita de grandes declarações. Está nas pequenas coisas. É um telefonema, uma carta, um cartão postal, uma surpresa, uma visita, um café, uma ceia, é tão simplesmente caminhar junto de mão dada.
É fazer coisas sem razão. É acolher, escutar, e…não ter pressa...
No mundo em que vivemos não sabemos mais nos encontrar; nossas relações são relações de afazeres, de ocupação. Nos vemos para organizar, falar, discutir. Não nos vemos por mais nada. Não temos mais tempo de "perder tempo". O importante é a eficácia, a rentabilidade. Não nos falamos, nem escrevemos sem um motivo. Isso não tem razão de ser. O mundo necessita da tecnologia para caminhar... mas lhe falta calor... e o calor é o amor, o calor é amar..Amar é assim. Simples assim. O mundo sente falta disso. O mundo sofre por não ser mais amado. É este o grito da solidão... Nós vivemos na era das comunicações e nunca estivemos tão sós. Nós compreendemos agora que amor não se compra. Não se implora. É pobre aquele que é obrigado a correr à procura de alguém que lhe ame.
O amor comprado não é amor. Amor implorado não é amor, é piedade. "Nada faz mais mal a alguém que precisa ser amado que a piedade".
A felicidade não tem necessidade de outra coisa neste mundo a não ser de pessoas capazes de prestar atenção uns nos outros.
Amar é estar presente... Amar é dizer: -Por que esperar a proximidade da morte pra dizer a alguém que o amamos ? O Amor está nas coisas simples...
Amar é dizer: "Quer um café? Estás cansado? Como correu o teu dia ? Em que te posso ajudar? Você é bom no que você faz..."
Amar é tão simples no fundo, e portanto...
É não julgar, não condenar... é perguntar-se: "E se eu estivesse em seu lugar o que faria ?"
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GW

quinta-feira, março 20, 2008

191-Bons folares...

Ocasionalmente, deixo o meu "post" à 5ª feira, amanhã é 6ª feira Santa e da maneira que o tempo está, parece-me que o vou passar embrulhado nas mantas. Num dia normal, numa ocasião também normal, que culminaria numa reunião de amigos mais que normalíssíma, era a 6ª feira santa, isto em tempos que já lá vão, pretexto para um grupo de bons amigos ir até à maré, tradição aqui na zona, apanhar uns bons kilos de mexilhão. Hoje, a tradição já não é o que era, os amigos estão um tanto ou quanto "belhotes", a rapaziada mais nova, não está para aí virada, e o mais engraçado é que nem nas ditas tradições Pascais, eles se interessam, acomodando-se no aconchego do quarto, depois de uma ou outra noite passada ao som de musica numa batida estridente em qualquer discoteca, ou à mesa de qualquer bar de música ao vivo, onde ainda impera, apesar de tudo a "fumaça" pairando no ar, fazendo de ouvidos moucos a aplicação de uma lei ainda mal cumprida.
Não deixo de recordar algumas situações em desuso, tais como o acto de pedir o folar, e até mesmo o da visita pascal às casas, a primeira porque os mais novos quase não estarão para isso, esperando antes que sejam os padrinhos a levar até si o dito folar, folar este que se não for acompanhado por umas dezenas de euros, para eles, quase não tem significado, dando o afilhado preferência a uns "cobres" em detrimento do célebre folar (bolo) e das tradicionais amendoas.
bem, mas tudo isto seria muito mais interessante se não fosse perdido, mas se até as visitas pascais às casa já começam a diminuir, dizem, por falta de padres, como poderemos manter as tradições intactas ?
E pronto, aqui vos deixo estas palavras, o tempo apresenta-se cinzento, tal como eu, bem sizudo... mas uma coisa é certa, não é por mim que a tradição acaba, pois Folar haverá sempre, as amendoas também, e a malta, filhos, sobrinhos e afilhados, apesar de bem crescidos, terão no mínimo as suas amendoas, aguardando a sua visita...
A única coisa que não cumprirei , é a ida à maré, nisso, acreditem que a tradição já não é o que era, é que isso de dizerem que na idade somos como o vinho do Porto, para mim já não pega, pois até esse se não for bem rolhado e estimado, acabará por azedar e estragar... assim estou eu, que apesar de ser estimado , já deixo denotar por vezes um certo azedo eheheh.
Fiquem bem e façam-me o favor de serem felizes / GW

sexta-feira, março 14, 2008

190-Olhos de ver

Bolas, quantas vezes percorri distâncias atrás de distâncias, algumas em que já sabia de cor, cada marco de estrada, cada ressalto do alcatrão, cada berma saliente, cada vale, cada monte, cada curva, por tantas e tantas vezes "papar" kilómetros atrás de kilómetros sem ver e dar o valor a cada pedaço de terra por esse País fora. Recordo numa das viagens que fiz a Santander ter recomendado aos amigos a "passeata" por tais lugares contínuos ao atlântico e das maravilhas que se me deparavam aos olhos num país que não é o meu, quando por cá temos coisas tão belas.
O conceito do "vá para fora , cá dentro" parece não ter pegado muito bem, quando repetidamente nos é dado a conhecer as escolhas dos portugueses para fazer férias, optando pelos países do centro/sul americano ou pelas praias das baleares. Ora , num destes passeios mais alongados, tive o grato prazer de enveredar por esse Portugal mais desconhecido (para mim) e que pelo facto de estar um pouco distanciado do litoral onde habito, não tem sido dos mais procurados para lazer.
Um dia saí por aí com um grupo de companheiros, numa de ir dar uma "mãozinha" ao estilo do "voluntariado" e nessa deslocação já que a mesma contemplava o interior transmontano, juntamos o útil ao agradável e assim pudemos verificar "in loco" , durante umas semanas, a beleza de percursos quase desconhecidos , e com tanto para nos dar.
Desde a Serra do Marão, até Vila Real, atirando um pouco para o Nordeste transmontano, Bragança e arredores, onde abunda uma grande diversidade no que respeita ao clima e onde a paisagem se encontra bem delineada , nos pontos de maior interesse (todos importantes) que se nos oferecem de uma forma tão bem representada pelos vinhedos escarpados numa imponência desse rio a que chamamos Douro , a serenidade que nos é transmitida no percurso que engloba Miranda e zonas limítrofes , onde quase clamam por nós as pedras de rocha nua.
E o parque natural de Montesinho , não esquecendo o espectáculo deslumbrante das amendoeiras já em flor. Não pode deixar de ser referenciada toda a riqueza , num ambiente onde é notória haver uma menor intervenção do homem, que tanta vez leva à destruição do que por si só é tão belo.
É assim, geralmente quem conduz, não tem oportunidade de apreciar como quem vai sentado ao nosso lado, tal pendura que mais não fáz do que dar largas á imaginação perante cenário tão deslumbrante, mas é tudo tão bonito...
Pois, mas desta vez tive oportunidade de ir comodamente instalado no banco de trás, qual poltrona em sala de estar, admirando cada pedaço, onde as cores eram mais majestosas do que em ecran de uma qualquer mais recente tv, em que predomina o grito de última geração.
Tanta coisa linda por este nosso cantinho e por vezes tão ingenuamente ignorado. Acreditem que o gesto a que nos propusemos como grupo de ajuda, saiu muito mais favorecido por termos aproveitado o deslumbramento deste pedacinho de terra à beira mar plantado., e sabem o que vos digo ? só não vê quem não quer ver...
Com o desejo que todos estejam bem e ... bons passeios

sexta-feira, março 07, 2008

189-A Você que é especial....

Motivos os há de sobra para a existência de uma data como o Dia Internacional da Mulher - 8 de Março.
O simples fato de poder dar a luz a um novo ser, que mora em seu ventre por nove meses, já é mérito suficiente para homenagens. Mas o Dia Internacional da Mulher, em sua história, traz na bagagem muita luta e persistência, nos levando ao início do século XX.
No ano de 1908 em Chicago, nos Estados Unidos, comemorou-se o "Dia da Mulher", que reuniu mil e quinhentas mulheres, basicamente de orientação socialista, reivindicando condições de trabalho e igualdade política. Afinal, naquele período, elas não podiam votar e trabalhavam cerca de 14 horas por dia em fábricas que não prezavam pela saúde dos empregados. Dois anos depois ocorreu uma longa greve de operários (80% eram mulheres), e mais de três mil estiveram reunidas no Carnegie Hall, em Nova Iorque, seguindo a mesma pauta de reivindicações feministas. Já na Europa, em 1913, foi realizada a Primeira Jornada Internacional das Trabalhadoras pelo Sufrágio Feminino, na Rússia, e o movimento ganhava força e repercussão internacional.
REVOLUÇÃO- Ano após ano, as mulheres europeias comemoravam o "Dia da Mulher" baseando seu discurso em torno da luta pelo direito ao voto, e a data escolhida variava. Mas na Rússia, em 1917 a 23 de fevereiro (8 de março no calendário gregoriano), já se considerava o "Dia Internacional das Mulheres" e neste ano, estavam programados actos, encontros e etc. No entanto, "ninguém imagináva que este ´dia das mulheres´ inauguraria a revolução", segundo Leon Trotski, ou seja, o movimento feminino foi estopim da Revolução Russa de 1917. Posteriormente, na Conferência Internacional das Mulheres Comunistas em 1921, uma mulher búlgara sugeriu oficializar 8 de março como "Dia Internacional da Mulher Trabalhadora", em memória às camaradas russas. Essa versão é fruto de recentes pesquisas históricas, que apontam também para outra realidade a respeito da história sobre um incêndio trágico numa fábrica. Segundo o estudo, o famoso incêndio ocorreu numa indústria têxtil de Nova Iorque, a Triangle Schirwaist Company, em 1911 (em vez de 1857), nos últimos três andares de um prédio de 10 andares. O fogo se iniciou por causa dos materiais inflamáveis mal alocados. As portas da fábrica ficariam então, sempre trancadas, para impedir a interrupção do trabalho, por isso, quando os bombeiros chegaram, 147 das 500 que trabalhavam no local, já estavam mortas. A partir daí, nomeou-se a Comissão Investigadora de Fábricas de Nova Iorque, solicitada 50 anos antes. Décadas depois de tudo isso, em 1975, a ONU incluiu o dia 8 de março em seu calendário oficial de comemorações, e a partir de então a data foi sendo aceita pela maioria dos países.
:Fonte: (pesquisa in Net)