domingo, junho 17, 2007

153-Onde estão ?..

Situações há que quando se nos deparam , nos trazem á ideia a verdadeira dimensão do facto. Tantas vezes , porque lemos algures, ou porque ouvimos na televisão, somos despertados para sofrimentos tão dolorosos como será o desaparecimento de uma criança, e, refiro-me a uma criança, por estar tão presente em nós o desaparecimento da pequena Madeleine. Poderemos ser talvez egoístas por só nos momentos de aflição nos preocuparmos, e não agirmos tantas e tantas vezes numa preocupação constante de cuidados, prevenção e esclarecimento entre nós , enquanto cidadãos do mundo.
Pelo que verifiquei em algumas leituras que fiz, só no último ano, mais de um milhar de crianças e/ou jovens foram dadas como desaparecidas em Portugal . Segundo estudos revelados, serão as idades compreendidas entre os 12 e os 14 anos , uma das grandes dor de cabeça , para os serviços de investigação , os quais num trabalho contínuo , muita vez levado á exaustão , andarão próximo de uma taxa de 100% na localização e reintegração desses mesmos jovens.
É certo que não podemos descurar casos como o de Madeleine , o Rui Pedro, a Claudia e tantos outros não encontrados, mas, uma grande parte dos casos relacionados com desaparecimentos, referem-se a situações vividas e encetadas entre amigos , muitas das quais de duração inferior a 2 dias .
Situações por detrás de tais atitudes e consequências , estarão o insucesso escolar, e até o querer efectuar uma "fuga" que os possas levar a marcar presença em eventos , que de outro modo saberiam estar condenados a não assistir.
Depois há situações que nos deixam a pensar, o porquê, se há outras pessoas envolvidas, a falta de indícios ou suspeitas, como aconteceu com o Rui Pedro, desaparecido já passaram 9 anos , que são raras , pelo facto de nada nos indicar seja o que for para tal ter acontecido, cujo paradeiro continua incerto. Em cinco meses deste ano, já há perto de 500 crianças dadas como desaparecidas, algumas com um final feliz, mas outras que, por muito que nos custe , nada se sabe e possívelmente nada se virá a saber.
Cada uma situação é tão igual e tão diferente, cada caso é um caso, os quais se tornam numa preocupação constante, apesar de podermos considerar sucesso na maioria dos casos solucionados.
Nos desaparecimentos que não envolvam sequestro, e que têm origem tantas vezes no finalizar das aulas, nos maus aproveitamentos escolares, primeiros namoros não aceites, há que estarmos atentos, muitas das situações surgidas poderão estar na mira de um modo de manipulação, apelando à boa vontade dos Pais, cuja fuga, será seguida de um regresso em que se sabe de ante-mão estar-se na maioria dos casos perdoados, e daí esses mesmos desaparecimentos estarem localizados em certa época do ano, o que sendo sazonais, os fázem regressar a casa.
No que diz respeito às idades até aos 5 ou 6 anos, acredito que aqui a situação é muito mais complicada, o desaparecimento estará quase sempre associado a um sequestro para posterior pedido de resgaste, ou por rapto para fins ilícitos de negociação, e pior ainda , para abusos de ordem sexual, levando quase sempre a maus tratos, que ficarão para toda a vida, quando são deixadas com vida...
O estar alerta e cada vez mais, sensibilizando-nos para estas situações e para o estado de dor de quem vive de perto com estes casos, apelando ao mundo que respeitem mais as nossas crianças e sobretudo que as amem.

Um abraço a todos,

1 comentário:

  1. Infelizmente GW já passei por casos semelhantes, nem todos serão "rebeldes" mas , nota-se uma grande rebeldia por parte de alguns adolescentes quando se julgam privados de algumas "liberdades exageradas" . Mas como dizes e bem, cada caso é um caso e , deste modo, quero deixar o meu apoio a todos aqueles que vivem ou viveram momentos de desespero pela falta de um filho e/ou do seu paradeiro, seja em que circunstância for.
    Um abraço

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