Época de exames para os que finalizam etapas num percurso académico, momentos de nervosísmo, ansiedade, e outras situações tais que eu recordo tão bem ter passado por elas. Ao tomar conhecimento dos métodos actuais de ensino e respectivos currículos, no que diz respeito à matéria leccionada, vejo que apesar de muitas mudanças benéficas, outras há que parece haverem retrocedido no tempo...
Falta de matéria dada...
Por opção, a minha filha candidatou-se este ano ao exame de economia, abarcando nessa prova, matéria do 10º e 11º ano de modo a complementar mais um grupo de disciplinas obrigatórias para uma outra área opcional de acesso ao superior. Reconheço não ser ela uma aluna brilhante, mas sendo uma aluna razoável, procurou ir preparada dentro do que lhe seria proporcional á aprendizagem retirada desses 2 anos de Economia.
primeira surpresa, prende-se pelo facto de a àrea dela ser a disciplina frequentada designada de Economia B e o exame ser correspondente a Economia A, depois, segundo ponto, apesar de grande parte da matéria ser comum aos dois tipos de Economia , A e B , ainda houve questões apresentadas no exame que a turma em que ela esteve colocada, nem sequer falou ao longo dos períodos escolares.
Situações que se tornam embaraçosas a quem frequenta este ensino que nós temos, não sei bem se a culpa é dos programas definidos, ou se é por falta de tempo ou "saber" de quem lecciona a matéria.
Noto de facto diferenças entre o "hoje" e o "ontem" , entre o que ela aprende e entre o que me era dado a aprender no meu tempo de estudante. Dizer que também cada um de nós terá o seu método de aprendizagem e uns serão de melhor recepção ao que nos ensinam... Pode ser, mas partindo do principio que nunca notei dificuldades identicas ás que ela tem presentemente, sempre pairando eu, entre médias acima do razoável, e tudo isto devorando livros no ensino nocturno de há 35 anos, parece-me hoje que isso não acontece de igual modo, ficando-se muitas vezes por dar a conhecer matérias que parecem mais adequadas, e acabando por deixar para trás o que se julga não sair numa situação de exames, certo é que depois quem decide sobre o teor dos mesmos não se baseia nesses termos e acaba por sair matéria que nunca foi sequer dada durante o período normal de aulas...
Bem, tudo isto não deixa de ser um desabafo, porque de facto nada mais é do que isso, resta-me a esperança que alguém me leia e partilhe da mesma opinião.
Um abraço
GW