domingo, junho 10, 2007

152- eu ... "juro"

Eu..."juro" . Não, não é o que estão a pensar, nem eu sou uma pessoa dada a "juras" , não levado pelo facto de não vir a cumprir algo, mas porque qualquer situação deve ser tomada em conta , de livre vontade, sem pressa, sem apostas, sem antes de tudo sabermos se podemos ou não levar a cabo tal tarefa de tanta responsabilidade.
Refiro-me sim aos tão malfadados juros que no dia-a-dia nos atormentam de tal modo e efeito , transportando-nos a um desespero de tal ordem, colocando-nos entre-mãos situações de tão dificil resolução.
A qualquer momento numa cavalgada desenfreada, não direi de modo surpreendente, porque não é surpresa nos dias que correm, os juros aumentam, taxas muitas das vezes "escondidas" em letra miudinha de tão dificil leitura, colocadas quase sempre em entre linhas que escapam aos nossos olhos. É verdade e quanto a mim não o posso negar , tendo também aderido a créditos para tudo e mais qualquer coisa, a custo consigo transpor barreiras que permitam fazer uma vida desafogada, noto porém que situações as há que se plena consciência tivessemos de tais actos, concerteza faríamos um inventário, esse mesmo inventário tão necessário em nossas vidas, tendo a noção do que é estritamente necessário para viver e só depois pensarmos nas outras coisas, sobre as quais talvez conseguíssemos abdicar.
Recorre-se ao crédito para tudo e mais alguma coisa, seja de extrema necessidade ou não, seja de utilidade imediata ou seja de simples prazer, e até muitas vezes pelo simples facto de vermos os "outros" fazer uma vida melhor que a nossa.
Se o endividamento é demasiado, também em outros tempos o era. Há 25 / 30 anos quando construímos a nossa casa, recordo que a mesma me custou cerca de 386 ordenados mensais (considerando o meu vencimento) , e hoje, aos preços actuais a mesma habitação me custaria 146 meses de vencimento, tendo em consideração o auferido por mim em 2006. As dificuldades eram mais notórias então e ultrapassamos, gerindo de outra forma os recursos que tínhamos, a verdade porém é que não havia 4 ou 5 Tvs espalhadas pela casa, o 1º carro foi comprado já com uns 7 anos em cima , não fomos ao Brasil ou a Cuba, dividia-se transportes, e na verdade , dificilmente saíamos dos arredores para usufruir de umas férias por mais pequenas que fossem.
Hoje, tudo se quer, tudo se exige e, não estou a colocar-me de parte como se fosse o "espertalhão" , também eu em determinados momentos recorri a créditos que tanta dor de cabeça me deram. O custo do dinheiro é outro , bem sei, mas as mentalidades face ao consumo desmedido também são outras. Hoje, em primeiro lugar preocupamo-nos em usufruir e só depois em conseguir satisfazer as exigências de tais condições...
Pois é eu "jurava" que iria conseguir, só que.... há sempre um "que", há sempre um "mas", atormentando a nossa cabeça no momento da verdade.
Façamos o tal inventário, como se tratássemos de arrumar as nossas necessidades, tendo a noção correcta das nossas prioridades, será que não há coisas que são dispensáveis para o nosso bem estar e que podem ficar para depois ?

Boa semana para todos

3 comentários:

  1. ...Há, há sim GW, Existem coisas q podem ficar para depois,,,,,para mim, o q NÃO poderá ficar para depois são, aquelas palavras Amigas, os tais gestos Carinhosos e tudo o q Ocultamos com receio de ferir Alguém,,,Todo Um resto poderá ficar para Depois :-)
    Mas, a própria Vida obriga-Nos a errar muitas vezes, e, Eu já Errei tb :-( 1º pq fui socia de 1 sócio errado, 2º pq Não li as "tais" letras miudinhas das ditas taxas de juros ! Mas prontuss,,amanhã é um novo dia :-))

    Beijinho da sempre Amiga
    Miuda

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  2. Nós de uma forma geral somos consumistas, compramos muitas vezes o k falta e o k nem tanto...
    A verdade é ke não me considero das piores, créditos para mim o da habitação e garanto ke já foi esticar bastante a perna. Tudo o k é superfulo não me atrai, mas em compensação sou muitissimo comodista, mas se posso, avanço, senão existe um stop, ao kual respeito incondicionalmente (como em tudo) jinho bom*

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  3. sei que nem tudo são rosas, na maior parte dos casos até serão cardos. lembrei-me agora da manelamoraguedes, do tempo em que ela cantarolava uma letra assim.
    é verdade que se conseguiu uma habituação mais consumista, porque em grande parte nos são disponibilizados créditos para tudo, sem na maioria dos casos não haver um acompanhamento correcto do que pode/e/ou deve fazer. Tudo parace fácil, mas , na hora do aperto, o dinheiro não aparece debaixo das pedras e não pode dar como é mais que obvio para tudo, mais garve ainda quando se destinas a coisas superfluas.

    abraço GW e demais leitores

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