Não preciso ser especial, ou diferente, para sentir dor , trazidas até mim pelos acontecimentos vividos estes últimos dias , um deles aqui bem pertinho. Já nos habituámos a ler e a ver pelos meios de comunicação situações dramáticas em países onde o nº de habitantes é 10 ou mais vezes superior ao do nosso País, e por isso haver mais situações do tipo, no entanto na nossa pequenez , toca-nos profundamente, ficando deveras traumatizados com os actos tresloucados praticados estes dias...
Ninguém é de Ninguém, o direito à vida tão bruscamente interrompido, leva-nos a pensar no que terá levado a tal.
Há dias , foi o marido, pai de família que resolve pôr fim à vida da mulher , dos filhos , suicidando-se de seguida, passados uns dias é um jovem de 17 anos que esfaqueia até à morte o irmão de 12 , de seguida é a mãe que num acto tresloucado atira o filho bébé pela janela do apartamento de um 2º andar, o que dá + / - 8 metros.
Factos consumados, muito se escreve sobre o sucedido, procurando encontrar explicações que acabarão quase sempre por morrer com quem a pratica, fala-se de falta de acompanhamento, fala-se da vida dificil dos dias de hoje, fala-se de companhias inconvenientes, fala-se de tudo um pouco para encontrar uma resposta que acabará por não ser encontrada, pelo facto de não haver razão alguma, seja em que parte do Mundo for que nos faça matar.
Vou debruçar-me particularmente no que aconteceu aqui perto e sobre o qual assim se lia esta 5ª feira: - "Ficou detido preventivamente por ordem do Tribunal de Leiria... /... O jovem de 17 anos, que matou o irmão de 12 anos, depois de dar entrada no Tribunal de Leiria durante a tarde e após o primeiro interrogatório judicial ficou a aguardar o desenrolar do processo em prisão preventiva. O arguido terá confessado o crime pouco depois da morte do irmão, cerca das 18:00 de quarta-feira, aos bombeiros e às autoridades, justificando o acto com ciúmes.../...
A vítima terá sido atraída para um local ermo, num pinhal onde costumava praticar motocross, e foi encontrada com sinais de mais de dez golpes profundos no pescoço e no tórax.
Os pais estavam separados desde Dezembro de 2006 e o irmão mais novo vivia com a mãe em Pousos, perto da cidade de Leiria, enquanto o mais velho residia com o pai em Vale da Catarina, freguesia da Caranguejeira, onde o progenitor tem uma serralharia.
Na quarta-feira à tarde, o filho mais novo fora a casa do pai para passar uns dias de férias, mas acabou por ser morto pelo irmão, acrescentou a mesma fonte. No local do crime, estiveram elementos da GNR de Leiria e da Polícia Judiciária, que tomaram conta do caso.
O corpo foi retirado já de noite pelos bombeiros municipais com dois elementos e uma viatura, que o transportaram para a morgue do Hospital de Santo André, em Leiria."
A vítima terá sido atraída para um local ermo, num pinhal onde costumava praticar motocross, e foi encontrada com sinais de mais de dez golpes profundos no pescoço e no tórax.
Os pais estavam separados desde Dezembro de 2006 e o irmão mais novo vivia com a mãe em Pousos, perto da cidade de Leiria, enquanto o mais velho residia com o pai em Vale da Catarina, freguesia da Caranguejeira, onde o progenitor tem uma serralharia.
Na quarta-feira à tarde, o filho mais novo fora a casa do pai para passar uns dias de férias, mas acabou por ser morto pelo irmão, acrescentou a mesma fonte. No local do crime, estiveram elementos da GNR de Leiria e da Polícia Judiciária, que tomaram conta do caso.
O corpo foi retirado já de noite pelos bombeiros municipais com dois elementos e uma viatura, que o transportaram para a morgue do Hospital de Santo André, em Leiria."
Ciúmes ? mau entendimento entre os progenitores ? falta de afecto ? carinho ? más companhias ? isolamento ? tanta coisa vem agora à mente de quem procura uma solução.
O que pode levar um Jovem a praticar tal acto ?
Para nós que no dia-a-dia convivemos lado a lado com outros e tantas vezes podendo nós dar a mão a quem precisa, porque notamos que essa pessoa precisa e, recuamos, afastando-nos , até sómente pelo facto de essa pessoa não nos ser nada. Porque é que procedemos dessa forma ? porque teimamos em não ouvir, não necessáriamente as palavras, mas até lermos no próprio silêncio , tanta vez é este o veículo que nos leva a conhecer que algo não vai bem e nós ingénuamente fechamos os olhos a um acto de suplício lactente e que procuramos ignorar a todo o custo.
Depois, após consumado o acto, chora-se , culpa-se, solta-se raiva, ódio até... mas, afinal de contas estivemos tão perto de dar a mão a quem estava à beira do precipício e o que fizemos ? nada... limitámo-nos a ver a pessoa cair...
Reflexão, é o que nos falta , amigos.
Boa semana