sexta-feira, janeiro 25, 2008

183-Porquê, os parabéns ? porque o desejo...

Já reparei por diversas vezes o desagrado em algumas pessoas , quando no aniversário lhes são dados os parabéns. Umas porque afirmam que não se sentem bem por indicar mais um ano passado e sentirem-se assim mais velhas, outras simplesmente porque não vêm essa data como uma data a comemorar, outras ainda porque não tendo possibilidades de comemorar da forma que o desejam, preferem que esse mesmo dia fique no esquecimento.
Ora, o acto de dar ou desejar os parabéns a outrém é quanto a mim sinónimo de carinho, de ternura de amizade perante o outro, é mais do que tudo um modo de participar na alegria de "por mais um ano esse alguém estar cá" , é acima de tudo a felicitação em relação a uma vida seja ela ainda curta ou já com uns anitos.
Muito sinceramente , nesse aspecto conheço-me como uma pessoa carente, mimada, que espera um olá, um abraço, um carinho nesse dia... aliás, depois de me sentir como que renascido para a vida, nada melhor do que querer comemorar o dia de aniversário.
Não preciso de gastos desmedidos, jantaradas, ou prendas que hoje em dia tanto custam no orçamento... quero sim e isso tenho tido, um sorriso, um olá, um abraço, um beijo, a companhia de alguns amigos próximos e , acima de tudo a companhia da mulher, dos filhos, em suma dos que me rodeiam e sempre tão perto de mim estiveram e estão, nos momentos também, menos bons.
Mas, a consciência de cada um dita a sua personalidade, e por vezes vejo-me tão sem jeito quando quero dizer algo agradável a um(a) amigo(a) que fáz anos e mesmo querendo, quase que não me é permitido fazê-lo...
A Ti, se por acaso leres este texto, apesar de todas as desavenças, de todos os desencontros, das arrelias causadas, eu desejo FELIZ Aniversário (25 Janeiro) , e lembra-te, podemos ser muito chatos, muito melgas, estar até muito distantes, mas jamais se esquece um amigo e quase de certeza que muitas das palavras sairam por sair...

sábado, janeiro 19, 2008

182-Realidade...

Estes últimos tempos, não sei ainda bem a razão, (talvez por ser uma fase negativa, quase sempre é assim), tenho olhado um tanto para trás e feito um inventário do que têm sido estes meus anos de vivência, a memória me traz pontos deveras importantes para não me escapar a uma reflexão profunda.
Noto que de certo modo vivi o suficiente para distinguir fases distintas, quer no meu comportamento, quer no comportamento das pessoas. Se olhar bem ao meu redor e a tudo o que vivi até hoje, sou transportado até à infância, quando me foi dado a aprender através dos meus pais, através dos meus irmãos, através dos meus professores que era preciso "ser" e saber-se "ser". Como já alguém escreveu : - O "ser honesto, ser educado, ser digno, ser respeitoso, ser amigo, ser leal". Subi cada degrau da minha infãncia apoiado nesses termos.
Uns tempos mais tarde, acabei por ser inserido numa outra realidade, ou seja, testemunhar o momento do "ter" . :- Tornava-se urgente e necessário "ter". Ter boa cara, ter boa figura, ter presença, ter dinheiro, ter status, ter coisas, ter e cada vez mais ter...
Revi-me nesta análise pessoal, porque o que lemos dá-nos muitos ensinamentos e de certo modo, se assim não fosse, talvez até nem estas palavras saíssem assim escritas, mas , se tudo isso surge assim , quase "do vazio" é porque é a nossa passagem por cá, que tem fases distintas e elas nos fazem o momento, a atitude, o exacto sobre aquilo que somos e queremos...
Hoje, eu estou mais numa fase do faz-de-conta, e também eu, como tantos outros, chegarei a alguma conclusão que a professora ou quem nos transmite esses ensinamentos tem razão.
É fácil olhar para as pessoas e fazer de conta que está tudo bem. Não são minhas estas palavras , mas a verdade é que bem se adaptam a esste momento. - "os Pais fazem de conta que educam, os professores fazem de conta que ensinam, os alunos fazem de conta que aprendem. Os que trabalham fazem de conta que são competentes, os que governam fazem de conta que se preocupam com o povo e o povo faz de conta que acredita. Há pessoas que fazem de conta que são honestas... Há até quem esteja são e queira fazer de conta que está doente, mas, repare que também há os que estão doentes e fazem de conta que têm saúde, porque não querem ver o outro triste... e nós , e os outros, fazemos de conta que os outros nada sabem disto tudo e que assim vamos vivendo no faz de conta...
Mas pare, pare e olhe-se no espelho e o que vê ? não nota reflectida a sua consciência ? Não estaremos assim a causar prejuízos não só a nós , mas a quem nos rodeia ?... Não nos vamos querer confundir a nós próprios, caíndo quase sempre num vazio, chegando ao ponto de nem saber o que somos e o que fazemos... Torna-se essa atitude , demasiadamente cansativa e desgastante.
Sejam autênticos, não represente,m sejam apenas aquilo que são... pessoas especiais , descomplicadas , de atitudes simples, mas coerentes e, acima de tudo, fiéis consigo mesmas.
do GW , para todos com um abraço amigo...

domingo, janeiro 13, 2008

181-Será desta ... ?

Quero acreditar que será desta que é arrumada a questão do aeroporto, até porque se torna necessário quanto antes fazer singrar a construção das grandes obras públicas tão estagnadas à falta de investimento . Segui esta ultima 5ª feira o debate na Sic notícias e fiquei esclarecido de alguns dos "porquês" , mas também percebi que se torna dificil agradar a gregos e a troianos em pleno. Eu cá por mim , costumo agir assim:- Se faço parte de uma colectividade, para a qual os dirigentes foram eleitos, só me resta aceitar o que de melhor eles souberem fazer, e se me não agrada , então dar opinião, mas uma opinião que deve ser sempre construtiva e nunca o contrário.
Perante tanto alvoroço criado gostei de ler que os autarcas de Alcochete e OTA se encontram muito satisfeitos com a opção da zona de Alcochete/Benavente para a localização do novo aeroporto. Pois em qualquer uma das declarações proferidas é de salientar a oportunidade de desenvolvimento económico não só para a região abrangente , mas para todo o País. Agora é bom que se encare todo esse desenvolvimento da melhor forma, sem atropelos e numa coordenação de interesses que visem acima de tudo o bem estar. , e não se desate por aí num crescimento desenfreado ignorando tudo e todos e que também todos aqueles que foram sujeitos a medidas preventivas impostas pelos sucessivos governos, e que impediram os proprietários de construir ou efectuar quaisquer movimentações de terras, nas zonas até aqui propostas para o aeroporto , sejam ressarcidos de qualquer efeito negativo que o mesmo tenha tido sobre os mesmos.
Apesar dos dois aspectos primordiais para a construção do aeroporto, falava-se que em termos de impacto económico, a Ota seria mais vantajosa. No entanto e porque nem só disso se devem sustentar os factos , por razões financeiras a zona de Alcochete seja a preferida, sendo mais barato, (se assim for).
Acredito na explanação apresentada pelo LNEC e que se passe a algo mais de concreto de modo a que tudo seja cumprido conforme planeado e sobretudo sem derrapagens orçamentais como vem sendo hábito em tudo o que é obra pública por esse páis fora.
Bem , seja em que situação for, que se torne breve, sempre são mais umas boas toneladas de cimento que são fabricadas aqui na zona e que servirão para desanuviar o marasmo em que a construção actual se encontra...
Ah , é verdade , foi pena não terem pensado no alargamento da base aérea de Monte Real, aqui tão pertinhooooo, daria um óptimo aeroporto ... palavra de general...
Boa semana / GW

segunda-feira, janeiro 07, 2008

180-devagar e bem...

Olá, Olá, bom dia a todos... Numa leitura que fiz um destes dias algures num trabalho exposto na Net, sem que o autor me condene quero deixar aqui alguns tópicos , adaptando algumas passagens, sobre as quais me proponho reflectir:
- Há um grande movimento na Europa, hoje, chamado "Slow Food". A Slow Food International Association - cujo símbolo é um caracol - tem sua base na Itália. O que este movimento apregoa é que as pessoas devem comer e beber devagar, saboreando os alimentos, "curtindo" seu preparo, no convívio com a família, com amigos, sem pressa e com qualidade. A idéia é a de se contrapor ao espírito do "Fast Food" e o que ele representa como estilo de vida.
A base de todo esse movimento está no modo de questionar a "pressa" e a "loucura" gerada pela globalização, pelo apelo à "quantidade do ter" em contraposição à qualidade de vida ou à "qualidade do ser". Segundo uma revista da especialidade, os trabalhadores que trabalham menos horas , são quase sempre mais produtivos que aqueles que trabalham mais horas. Na maioria dos casos onde se implementou um horário reduzido a produtividade aumentou e por isso muitas empresas instituíram semanas de menos horas e viram a sua produtividade crescer.
Assim e nesta "atitude sem-pressa" não significa fazer menos, nem haver menor produtividade. Significa, sim, fazer as coisas e trabalhar com mais qualidade e produtividade, com maior perfeição, atenção aos detalhes e com menos stress. As pessoas sentem-se mais apoiadas e gratas. Tudo isto significa retomar os valores da família, dos amigos, do tempo livre, do lazer, das pequenas comunidades, do local presente e concreto. Significa a retomada dos valores essenciais do ser humano, dos pequenos prazeres do quotidiano, da simplicidade de viver e conviver, e até da religião e da fé. Significa estarmos perante um ambiente de trabalho menos coercitivo, mais alegre, mais leve, e, portanto, mais produtivo, onde seres humanos felizes fazem com prazer o que sabem fazer de melhor.
Por alguma razão se diz por aí "Devagar se vai ao longe", ou ainda: "A pressa é inimiga da perfeição" . Talvez a maioria das empresas devam optar por pensar em programas sérios de "qualidade sem-pressa" de modo a aumentar a produtividade e qualidade de nossos produtos e serviços sem a necessária perda da "qualidade do ser".
Algumas pessoas vivem correndo atrás do tempo, mas parece que só o alcançam quando morrem de enfarte, ou algo assim. Para outros, o tempo demora a passar; ficam ansiosos com o futuro e se esquecem de viver o presente, que é o único tempo que existe...
Boa semana para todos / GW