sexta-feira, novembro 27, 2009

244 - o Saber Amar...

(algures na net) Leiam, é lindo…
Certa vez um jovem foi visitar um sábio e falou-lhe sobre as dúvidas que tinha a respeito de seus sentimentos por uma bela moça. O sábio escutou-o, olhou-o nos olhos e disse-lhe apenas uma coisa:
- Ame-a.
E o rapaz respondeu:- Mas, ainda tenho dúvidas...
-Ame-a, disse-lhe novamente o sábio.
E, diante do desconcerto do jovem, depois de um breve silêncio, finalizou:
- Meu filho, Amar é uma decisão, não um sentimento. Amar é dedicação e entrega . É um verbo, e o fruto dessa acção é o amor. O amor é como um exercício de jardinagem. Por isso, arranque o que faz mal, prepare o terreno, semeie, seja paciente, regue e cuide, e esteja sempre preparado, porque haverá pragas, secas e excesso de chuvas, mas nem por isso abandone o seu jardim. Ame, ou seja: -aceite, valorize, respeite, dê afecto, ternura, admire e compreenda. Ou, simplesmente, Ame…
Na net, fiz a descoberta das palavras com que atrás dou início ao texto de hoje. Apresenta-se como uma história, para mim com um significado sublime, em que se revela o como deve (ou pelo menos deveria) ser encarado o Amor. E eu a falar destas coisas..., ora bem, pois é, a Vida tem-me ensinado várias formas de estar e de sentir, e sobretudo conhecer. É usual sempre que se fala destes temas, relacionarmos frequentemente o mesmo, com sexo e o que daí advém. No entanto quase sempre nos esquecemos que Amor é Amor, este pode incluir tudo e mais alguma coisa, mas se consideramos o inverso, onde exista amor sem amor, então estamos perante algo que não é verdadeiro. Simplesmente Ame, mas Ame na verdadeira acepção da palavra. Toda a parte boa subsequente aparecerá depois e dela havemos de tirar partido, se tudo se basear na sinceridade. As pessoas, homem e mulher, cada vez mais assumem o caminho a seguir se não estão bem numa relação, apesar do tal compromisso do “amar até que um dia a morte nos separe”, no entanto o compromisso na maior parte das vezes selado pelo casamento ou união hoje afigura-se cada vez mais, numa compreensão que se quer mútua, baseada num respeito que deve ser recíproco e aí, cada qual tomar o seu rumo, se não dá certo.
É esta situação preferível a outra que acabe por magoar, pois o viver para Si sem pensar no outro não se justifica. Houve em tempo um sentimento, que se entendeu ser a dois, um desejo de fazer, de levar por diante uma promessa, a qual não pode só por cada um de nós comprometer a vivência de quem connosco viveu até então.
Será que Amar não tem a ver com gostar e vice-versa? Pensarão vocês como é de facto encarada a situação por mim, e o porquê destas palavras. Será que é por não estar bem, ou será que é por entender bem demais? Será que ando a ver filmes a mais, ou será que me deixo levar por sessões contínuas de TV? De facto, não… nada disso, sou apologista da frase “Não digo que desta água não beberei…” Mas acredito que muitas das situações a que se chega, têm início por afazeres profissionais, sobrecargas físicas, stress e outros tais, e acaba por não existir o diálogo efectivo, não se olha para quem está ao nosso lado e por vezes nos precipitamos para situações as quais por sermos “profundamente casmurros” não gostamos de dar o braço a torcer mesmo que tenhamos tomado uma decisão mais precipitada. Não deveríamos chegar ao ponto é certo, de estarmos juntos, só porque existiu uma promessa mútua pelo casamento ou união de facto, mas estarmos sim, porque entre ambos existe Amor. É preferível ( penso que assim julgue a maioria) existir uma Amizade do que um não entendimento conjugal e, muitos se dão melhor após ap+os uma rutura, do que antes, isso é um facto, então porque não dialogar e saber onde cada qual falhou e o que é melhor para cada um ?
A frase seguinte está algures na net e passo a citar: “ Eu posso não gostar do meu vizinho, de um cunhado, do cabelo da minha esposa, do piercing do sobrinho, mas devo amá-los com todas as minhas forças. Devo ajudar a esposa a lavar a louça, uma pessoa a trocar um pneu furado; posso avisar um empresário que o alarme da sua empresa disparou ou o vizinho, dizendo que a janela do carro está aberta no tempo chuvoso, etc. Posso não aprovar a vida adúltera do colega de trabalho, mas isso não me exclui de lhe querer bem, de falar com ela , de dar-lhe uma boleia quando está atrasado(a), de o(a) socorrer quando está chorando (…)” mais adiante diz: “Continue nessa vidinha e você vai ver no que vai dar..." Sabe por quê? Porque o amor não se alegra com a desgraça alheia. O amor é paciente, tudo perdoa, tudo sofre, tudo espera (…) Então, ame de verdade, ao ponto de dizer que sofre pelas pessoas como uma mãe sofre nas dores do parto . Isso é amar. É ir até o fim… . O amor é gratuito. Se o não for, não é amor.
Por isso dê sem nada esperar; plante na esperança de um dia colher, e nada espere sem antes plantar…
para Vocês com Amizade / GW

sexta-feira, novembro 20, 2009

243-Ora agora fecha aqui... ora agora abre ali...

Se eu fosse um letrista de canções, um destes dias ainda havia de escrever uma com música do típico vira português, cuja letra assim diria “Ora agora fecho aqui… ora agora abro ali,…” , sim porque isto da facilidade que há em fechar uma empresa e de imediato abrir uma outra, tem muito que se lhe diga.
Primeiro, alegam-se dificuldades que nem sempre são reais, só porque se quer aproveitar esta onda de crise, para colocar na rua, os empregados que de outra forma seria impossível se as regras de contratação fossem respeitadas.
Depois, vem a razão principal, uma vez que já se amealhou o suficiente, quase sempre traduzido em depósitos ou bens adquiridos colocados em nome de outrem, há que dar o golpe final e apresentar um pedido de insolvência.
Quase sempre e desculpem-me aqueles que porventura sofrem na pele a realidade da situação e não têm outro modo de sobrevivência, facto é que se reconhece existirem em alguns casos, realidades trazidas pela crise.
No entanto é sobre os outros que me debruço neste contexto. Não é mentira e qualquer um de vós tem conhecimento de pelo menos uma situação idêntica, em que uma qualquer empresa apresenta falência, deixando por pagar ordenados que nunca mais são solucionados, falta de cumprimento perante o IVA , o IRS e a Segurança Social, mas que no fim de contas apresentam consideráveis mostras de riqueza externa, como propriedades, carros e imóveis, altas férias, e no cimo as tão faladas contas em paraísos fiscais.
Por cá, vão ficando no desemprego, aqueles que tão arduamente deram de si nas empresas, numa de “sangue, suor e lágrimas” para que afinal de contas haja sempre alguém que se fique a rir e de bolsos recheados.
Mas mais, se assim não for e a resolução venha a ser solicitada num qualquer tribunal, descanse quem por uma ou outra razão se ficou pelo incumprimento e deixou no desemprego quem um dia lhe deu a mão, porque aí, já se sabe, a morosidade da justiça, trará ao esquecimento de tais actos na maioria das vezes ilícitos.
É assim, foi assim e vai continuar a ser assim, o prejudicado é sempre o “mexilhão”, esse está sempre tramado. Os outros, os designados por grandes senhores, esses levarão sempre avante a sua, e dificilmente serão punidos, por isso há que reincidir tantas vezes quantas julgarem necessárias e, “fecha aqui… abre ali…” lá vão metendo ao bolso mais umas “verdinhas” que tão subtilmente irão engordar o seu já vasto (mas escondido) património.

Um abraço para Vocês / GW

sexta-feira, novembro 13, 2009

242-Que gaita esta...

Que gaita... esta agora!!!!
É isso mesmo, é desta forma que me apetece começar... Que "ganda" gaita...
Tenho andado fulo, mas fulo a sério, por algo que me aconteceu esta semana. Isso mesmo, após quase 3 anos de ter passado à situação de reforma fui chamado a uma inspecção médica perante a Drª Delegada de saúde cá da zona.
Tudo isto por causa da incapacidade ou não para conduzir. Passo a explicar:
-Em janeiro de 2006 quando acometido de um "avc" foi-me proposta a reforma por invalidez. Ora, à época, face á debilitação existente era-me concedido 63% de invalidez.
Na altura, muito era evidente o agravo da parte motora direita, o que, obrigaria a um esforço suplementar, a fisioterapia e outros tratamentos levados a cabo, e com muita teimosia em "ser capáz", aliada a uma maneira de ser bastante positiva aos poucos me iria devolver aquilo que sou hoje, praticamente autónomo".
Ao fim de um ano , estava de novo apto a fazer uma condução ao nível do exigido, e que hoje faço regularmente, sem recorrer a qualquer ajuda suplementar, ou adaptação propositada.
Estamos em Novembro de 2009 e sou chamado a uma inspecção médica, onde me informam que não poderei conduzir um carro normal, pois irá ser anexado à carta de condução a informação de que, só poderei conduzir carros com mudanças automáticas, entre outras condições ainda a ponderar.
Dialoguei com quem de direito, informando e demonstrando que o grau de invalidez proposto em 2006, (+ de 60%) obriga a algumas alterações para deficientes a ter em conta na viatura a usar.
Solicitei uma outra inspecção para averiguação da situação actual, e fui informado que só uma junta especial me poderá avaliar, mas que dificilmente o farão, porque o atestado de invalidez actual tem uma validade de 5 anos, e por isso só caducará em Novembro de 2011 (o mesmo foi passado em novembro de 2006), isto é, o mais provável é ter de adquirir um carro com caixa automática até expirar o prazo de validade do atestado actual.
Faço presentemente uma vida normal, com uma condução igual á anterior, não vejo porque não podem rectificar agora a % de invalidez ???
Soube entretanto que brevemente ( dentro de 3 meses) serei convocado para ir a Coimbra, (não entendo porque não pode ser mais perto) onde serei presente a uma outra inspecção, mas que dificilmente será revista a situação para o meu estado de hoje.
Certo é, que como tenho feito, e sem reservas, me deslocarei ao volante do carro que até hoje tenho conduzido, como normalmente sempre o fiz e penso continuar a fazer...
Coisas do arco da velha, que me deixam perplexo. Nem sequer usufruo presentemente de beneficios fiscais (pelo escalão), o que vou fazer ? o que me vai ser permitido fazer ? Com um carro relativamente novo, e uma carrinha comercial que ocasionalmente me sirvo, que faço ? vendo os 2 e compro um outro? mando adaptar os 2 ? ou contrato um motorista ??
Xiçaaaaa p'ra isto...
Um abraço para Vocês, por mim, amanhã vou até à Covilhã (a conduzir) visitar a filhota, ás voltas por lá com os semestres finais do Curso.

Fiquem bem /GW

sábado, novembro 07, 2009

241- Você disse, Corrupção ???

Há dias, dava-se a conhecer que, Portugal ocupava o 26º lugar nos países menos corruptos no Mundo. Ora, se bem me recordo, esse nº será anulado tal é o índice diário de notícias sobre negócios fraudulentos, e sobretudo "benesses" a troco de favores.
-Pasmado fico e com razão, e isso entristece-me, quando eu, e pessoas como eu são "quase obrigados" a não meter o pé na poça e, depois, dou de caras com situações, levadas a cabo, por pessoas que tendo elas o dever de dar o bom exemplo, usam e abusam do poder alcançado, ludibriando tudo e todos, a troco de um envelope bem recheado de notas, ou mesmo até entregando mercedes ornamentados de laçarote, á porta de quem lhes fez um favorzinho.
Refere o estudo apresentado, basear-se na ideia tida pelos agentes económicos, sobre os níveis de corrupção existentes em Portugal, mas será que consideram tudo mesmo, ou só alguns casos? Ou será que se for tudo "apalpado" não ficaria Portugal posicionado bem perto dos piores países no que respeita à corrupção?.
E depois ainda há quem venha salientar que estamos melhor e que a própria posição, se mantém igual em relação a 2005, bom, mas bom mesmo seria ela não acontecer...
Tenho mesmo vontade de dizer um palavrão, mas mesmo um daqueles de arrepiar. É um gozo o que 1/2 dúzia de pessoas fazem, sem que pouco ou nada seja feito para travar esta onda do "quero; "posso"e "mando" a todo o custo e sem apelo em agravo.
Depois lamentamo-nos quando alguém vem dizer, "Ai quem me dera estar em outro País".
Para mim esta situação é mais que "péssima", que triste hábito temos de fechar os olhos, quando sentimos na pele, nós que a cada dia damos o melhor de nós e no fim de contas, acabamos sempre por pagar os erros de terceiros.
Como disse antes, estou triste e ainda mais triste fico, quando "vejo" pessoas singulares e até grandes empresas sobre os quais se poderiam tomar bons exemplos e no fundo, gozam na cara de quem é honesto, como se nada mais, nem ninguém no Mundo existisse para além deles...
Nem o mais experiente empresário, nem a melhor sorte do mundo, consegue dar em tão pouco tempo a valorização a uma pessoa ou empresa, sem que tenha a "ajuda" pecaminosa de outrém, onde aí, se dá a utilização e aceitação de "luvas", neste caso, "luvas" que devem ser as do gigante Gulliver, face ao seu tamanho descomunal, onde impera o recurso muito frequente ao tráfico de influências tanta vez com associação criminosa, numa corrupção que teima em diminuir neste nosso País.
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Boa semana para Vcs / GW

domingo, novembro 01, 2009

240-de sacola às costas...

Olá,
Pois é, lá tive que saltar o "rabinho" da cama, logo hoje que estava a saber tão bem, hhuuuummmm, mas como por aqui ainda se mantém a tradição de ir de porta em porta gritando, "tia pão-por-Deus" , calhou-me a mim receber a miudagem, cujos primeiros apareceram por volta das 9h10m .
Sinceramante, que me apeteceu juntar um grupo de amigos e ir também por aí recordar esses tempos de saca na mão, numa algazarra tão própria dos miudos...
Como é tradição, apesar de se notar cada vez menos participação da miudagem, celebra-se em Portugal, no dia de Todos os Santos. 01 de Novembro, esta tão característica visita às casas das redondezas, conhecida pelo pedir “Pão-por-Deus”
As crianças mais ou menos distribuídas por pequenos grupos, saem à rua para cumprir mais uma vez esta tradição. Acordam cedinho, e ainda com os olhos meio esbugalhados pelo mal dormir, saem de sacola na mão (alguns até levam suplente), se passeiam pela povoação, porta sim, porta também, chegando mesmo a deslocar-se às redondezas, de modo a que a justificação de tão grande caminhada seja compensada, com o regresso a casa, trazendo os seus sacos de pano recheados de romãs, batata-doce, castanhas, nozes, rebuçados, e por vezes até algumas moedas.
Apesar de se sentir mais esta festividade nas regiões do interior, também em outras zonas, há sempre uma ou noutra criança que procura seguir o que já no tempo dos seus pais e avós era um hábito. Acredito que a falta de se conseguir grupos, faça escassear a tradição, até porque, ainda me lembro, no meu tempo, poucos eram os que se aventuravam sozinhos, optando por pequenos grupos de 3 ou 4 crianças,pois o “investimento” se tornava mais rentável, quer pela algazarra que se fazia, quer porque a vergonha e a timidez não era tão notada, e depois, se havia um cão à porta era fugida quase certa pela rua abaixo, que até batíamos com os sapatos no rabiosque de tanto correr, se em grupo nada temíamos, quando sós, não nos aventurávamos.
Mas é ainda hoje, um dia especial, nada que se compare com outros anos, mas que ainda dá prazer ver a alegria que os olhos da pequenada transmite, quando quase em uníssono, gritam ás nossas portas: -“Ti Maria, Pão-por-Deus”.
E eles se amontoam, na esperança que a mão-cheia que se lhe destina seja a mais “carregada”, deitando o olho para ver se alguém leva mais que outro, muitas vezes até chegando a reclamar na sua ingenuidade esse facto. E, de sacola às costas, já derreados pelo peso para tão tenra idade, depressa se encaminham a casa, para proceder à entrega, e assim ficarem livres para uma nova caminhada, porque o dia ainda vai a meio.
Era assim no meu tempo, é quase deste modo ainda hoje, sempre em grupos, como que houvesse uma situação planeada do dia anterior, tudo combinado ao pormenor e, à hora marcada lá estávamos prontos para “bater” casa a casa, na esperança de rapidamente se encher o saco.
É em muitos lugares, tempo também para recordar os que já partiram, aproveita-se a parte da tarde para se fazer uma visita ao cemitério, onde nesta data em particular se procura dar um toque especial nos arranjos de flores, nas campas dos familiares.
É assim, mais um dia que passa, mais umas recordações que brilham nos olhos dos mais velhos, mais uma alegria desenfreada na pequenada, traduzida no procurar arrecadar o máximo de guloseimas e outros bens, que torne cada um como um Vencedor no meio dos seus amigos, pela quantidade amealhada, em cada vez que gritam… “Ti Maria, Pão-por-Deus…”

Uma boa semana para todos / GW