sábado, agosto 19, 2006

104-Desemprego

Caros Amigos, depois de alguns dias , termos sido invadidos pelos noticiários que nos davam conta da guerra Israel/Líbano e também dos imensos fogos que devoravam Portugal e a Galiza, todo mundo ficou de olhos postos em tais acontecimentos, que hoje, esperamos estejam para já ultrapassados. Nesses dias quase de mais nada se falou, todas as nossas preocupações estavam centradas em tais notícias…
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Parecendo haver uma calma evidente, logo outras notícias têm que saltar para a ribalta de modo a manter viva a atenção quer nos jornais, quer na rádio, quer naquela caixinha que costuma estar geralmente na sala, frente a nós, de onde sobressaem umas imagens associada a uma voz quase sempre despejando palavras que nos entristecem, quando ainda há coisas que nos podem alegrar, ou pelo menos tornar menos agressivo o dia-a-dia do mais comum cidadão.
Não sei se ainda se processa desta forma , mas acontecia no fim de cada trimestre, a publicação dos dados sobre o número o desemprego no nosso País, e sobre a taxa de desemprego oficial, informações essas depois divulgados pelos órgãos de comunicação social, e com base nesses dados se tirar a ilação correspondente, pois são esses os dados que os portugueses conhecem. Mas a maior parte dos portugueses não conhece a forma como esses dados são obtidos, descarregando esse desconhecimento em factores tais como má governação, má interpretação, pouca vontade… A verdade é que a falta de colocação está a provocar grandes sofrimentos em centenas de milhares de famílias portugueses.
Vejo-me de repente confrontado com a divulgação de aumento do desemprego por uma entidade, para logo de seguida ser desmentido por uma outra entidade, em que quase sempre coloca frente a frente o lado afecto ao governo e o lado afecto à oposição. O que parece real de facto é que a taxa de desemprego no segundo trimestre (2006) foi de 7,3%. Esse valor, divulgado pelo que percebi, ontem, pelo INE, apresenta-se com várias leituras possíveis. Se o mesmo for comparado com igual período do ano anterior, significa que o desemprego cresceu 0,1%, o que significa haver hoje mais seis mil desempregados. Em contrapartida se for considerado a correspondência face ao primeiro trimestre do ano, verifica-se uma redução de 0,4%, isto é , apresenta uma redução de cerca de 24 mil indivíduos inscritos no desemprego. A verdade porém, e aí parece não existirem dúvidas, há um aumento no número de empregados e pelo que consigo perceber, quer em termos homólogos (1%) como mensais (1,1%), o que se nos apresenta como um dos maiores crescimentos dos últimos quatro anos.
Também é verdade e não podemos esquecer que muitos, aproximadamente 170 mil desistiram de procurar trabalho ou conseguiram uma ocupação irregular. Há também, em particular os organismos ligados aos sindicatos e associações de trabalhadores que associam o facto, ao estarmos no Verão e acontecerem ocupações sazonais, e daí notar-se esse abaixamento no desemprego que pode não ser real, e que passando este período poderá de novo agravar-se.
Certo é que aconteça ou não uma melhoria nestes valores, há ainda imensas pessoas dadas como empregadas , que se encontram ligadas a empresas em situação difícil, paradas, ou de pré-falência, continua a haver grandes empresas, como a situação da Dâmaso, a mais antiga cristalaria do país a encerrar, já para não falar em empresas de menor dimensão que a cada dia encerram.Vamos confiar que é verdade que entre Junho do ano passado e Junho último, tenham sido criados perto de 50000 empregos, mas também considerar o facto de a população em idade activa ter crescido mais do que isso, muito embora também tenhamos de considerar os que deixaram de trabalhar, quer por morte, quer por situações de reforma.. Um dado que me preocupa a mim como cidadão e pai. é o agravamento do desemprego nos jovens licenciados, com o seu número a crescer consideravelmente, mas num país em que não há alternativas de cursos técnico-profissional-qualificado, e o que se nos oferece é uma licenciatura, parece normal que esse número venha a crescer, pois não existe absorção para tal. Resta-nos esperar que de facto haja uma melhoria da economia, e que o mesmo se traduza numa confiança por parte das empresas para o bem de todos nós.

Com um forte abraço de amizade,
GW

(este texto foi integralmente escrito para este Blog, com breves passagens de leitura e conhecimento pelo DN)

1 comentário:

  1. Infelizmente muita gente se encontra nessa situação, presentemente tb faço parte dela, estou e receber subsídio de desemprego , mas ñ é por isso k fico em casa, estou a contribuir kom o meu trabalho numa junta de freguesia da terra, parar é morrer...Beijos
    EuZit@

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