segunda-feira, setembro 11, 2006

107-Recordar...

Há muito que não saía de casa, para ser mais preciso, desde Janeiro que o não fazia, a última vez que o tinha feito, antes deste período, foi ir a Lisboa dar um olá a uma pessoa muito Amiga, no dia do seu Aniversário, lembro-me que apesar do convite para almoçar, acabaria por não me sentir bem e regressar a casa antes do que imaginava. Dizia eu, há 8 meses que não saía de casa a não ser pelas redondezas, ou em idas a exames médicos ou consultas, quase sempre acompanhado, no entanto um desejo se mantinha em mim, o de rever a terra dos meus pais e dos meus irmãos.
Recordar é viver
Eu, o benjamim da prole, viria a nascer em outro lugar, bem distante, apesar de tudo sempre senti uma afeição àquela gente, aquele lugar.
A serenidade , a gentileza, a pureza do ar , o silêncio daquele lugar foi algo que sempre me deixou bem. Muito em cima da hora e porque não posso conduzir grandes distâncias, consegui convencer o filho a acompanhar-nos, pois o período era propício pelo facto de ele se ncontrar de férias.
Não nasci naquela casa sobranceira ao rio, mas lembro das visitas que fiz em miudo , do ranger das tábuas do soalho, da parte superior habitável, das enorme paredes de granito. Lembro ainda o cheiro dos animais vindos da "loja", (nome que era dado ao piso inferior onde pernoitavam os animais), do seu cheiro e do calor emanado pelo seu bafo nas noites de inverno. Lembro também os fornos do Pão, quase em comunidade, onde há vez as mulheres do lugar, rodavam entre si tal tarefa.
Dei um giro pelas redondezas, muitas das coisas mudaram, mas parte da natureza se mantém inalterável, o rio que serpenteia por entre a aldeia, os moinhos, a terras e as culturas sempre verdes que o rodeiam, dá uma páz de espírito que não se encontra no litoral.
Que bem me fez estes dias, não conheço quase ninguém do meu tempo de miudo, os meus tios por parte da minha mãe que tanto a revejo neles, os meus primos, esses ainda me conseguem transportar aos tempos de criança.
Visita breve esta, não mais de 5 dias, mas que me fizeram por momentos ignorar tantas coisas da vida urbana, numa serenidade absoluta. Foi assim esta minha primeira saída após oito meses. e digo-Vos, por vezes as coisas decididas no momento são as que mais prazer nos proporcionam.
Neste tempo de ausência, só tive pena de não ter estado em casa quando um casal de Amigos de longa data, muito especiais, me procuraram, e logo neste período em que me tinha ausentado, logo agora, eu que nunca tinha saído de casa nestes últimos tempos, há coisas do caraças... a verdade é que nada estava previsto, e não se pode ter tudo, sei na certeza , que brevemente os irei encontrar para lhes dar aquele abraço.
E pronto, aí está o motivo da ausência ao meu Blog neste 12 dias, na esperança de que tudo esteja bem Vos deixo um abraço fraterno.

GW

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