sexta-feira, dezembro 11, 2009

246-Ser Solidário



Nós, Portugueses sempre demonstrámos disponibilidade para, em situações de angariação de bens em favor de terceiros, cada um de nós, ajudar na forma possível de acudir carências , carências essas que nos últimos tempos têm aumentado face à crise instalada um pouco por todo o lado.
Não me sinto diferente dos demais e tenho consciência da realidade, sei que se um dia cá em casa estivermos mal, na verdade, haverá pessoas a passar muito pior que nós. Apesar de sermos reformados, há sempre algo da nossa parte que possa confortar os que mais necessitam.
No entanto, quando da acção levada a efeito pelo Banco Alimentar, no momento em que saí do hipermercado onde depositei a pequena ajuda, quedei-me breves instantes à conversa com um dos voluntários, onde a certa altura percebi pela conversa e pelo desenrolar das tantas iniciativas, que de modo geral, são na maioria os que terão menos possibilidades, os que contribuem para uma qualquer acção de solidariedade.
Num bate-papo espontâneo com a pessoa, soube que existe conhecimento de que é preciso existir uma forma de averiguar modos de vida, pois, se na verdade existem pessoas com clara evidência no crescimento de bens pessoais e não só, e que face à sua não apresentação anual de rendimento (vulgo IRS), requerem como se de necessitados se tratasse, a bolsas de estudo, e senhas de refeição para os seus filhos, quando na realidade usufruem de milhões.
Dói cá dentro, e acaba por nos fazer disparar muitas vezes verbalmente com palavras mais pesadas, por estarmos perante essas formas de “enganar o parceiro”.
Na verdade, e pensando bem, sei também eu de situações idênticas, em que se usufrui de redução na alimentação escolar, só porque os progenitores não apresentam rendimentos, ou se o fazem, é por declaração com o vencimento mínimo.
Porque não há sobre estas pessoas uma vigilância mais cerrada á forma inadequada como dão a volta a situações deste tipo ?
Dirão que ultimamente tenho andado numa crítica desenfreada sobre alguns assuntos, e que pareço estar contra as atitudes de alguns, mas francamente, como se pode ultrapassar e pensar em melhorias para todos se há quem fuja de modo descarado às suas obrigações...
Pois é, o burro sou eu né...

2 comentários:

  1. GW, tenho a impressão de que não é diferente aqui no Brasil; quem possui menos é quem se solidariza mais; acho eu. Talvez isso se dê por conta da experiência pessoal de cada qual. O sentir na própria pele faz com que conheçamos a dor do outro.
    Há também as pessoas que se acomodam com as assistências e se afiguram mais necessitados do que realmente são, mas são pobres também, pois quem se conforme com assistência e abre mão da luta pelas próprias conquistas, está, sem dúvida alguma, muito necessitado pela vida a fora.

    Abraço: Jefhcardoso.

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  2. Olá! Com licença; deixe que me apresente: sou Jeferson, um homem comum que gosta de escrever. Quando tenho um tempo saio vadio em visitas a blogs, seguindo a seta que aparece no auto da pagina inicial (próximo blog>>); posso afirmar que essa é uma experiência “deliciante”.
    Quando encontro um blog bem legal eu posto um comentário e deixo o convite para que conheçam o http:jefhcardoso.blogspot.com/ . Pela proposta de seu blog creio que poderá encontrar algo em minha sessão em preto e branco, que data de novembro.

    Parabéns por seu blog e desculpe a intromissão.
    Abraço: Jefhcardoso.

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