253-dar as mãos...

Profundamente chocado, triste e sem palavras fiquei, com a situação ocorrida na Madeira e todo o sofrimento que a mesma envolve, sobretudo naqueles que directamente viveram os momentos de aflição.

Por muito que se escreva e se diga, sobre o que poderia estar melhor e que de certa forma pudesse contribuir para uma menor gravidade das ocorrências, não me parece correcto, que em alguns orgãos de informação, se critique a forma como esta ou aquela construção foi feita anteriormente, e/ou sobre como e onde e em quem recaiem as culpas para o sucedido. Não me parece correcto que se façam avaliações destrutivas sobre o antes, mas pelo contrário, que se encontrem palavras e gestos que no presente minimizem o sofrimentos dos envolvidos.

Horas de luto e pesar, que vão ficar na memória, a vida, essa, não voltará a ser o mesmo , naqueles que marcados ficaram pela perda.

Hoje, é momento de se dar, e que essa dádiva de coração ajude de facto a reconstruir, e lições se retirem no sentido de melhor se adaptar fisicamente esta ou aquela situação. No entanto os imprevistos acontecem, e o que parecia não ser muito provável ontem, hoje está visível. Dar as mãos, é uma forma de estarmos mais próximos do nosso semelhante, quanto mais não seja pelo seu significado, pelo dizer "estou contigo".

As ocorrências estão aí a qualquer momento, em qualquer lugar, espreitando o momento "do acontecer" e, se algo estivesse melhor que o não permitisse "acontecer", por certo haveria sempre algures "uma brecha" que faria despoletar de igual modo a tragédia. Não podemos culpabilizar seja quem for, não podemos arcar com as consequências de um destino, quase sempre imprevisível, afinal de contas , o que somos nós perante a imensidão do Mundo ?

Temos notado a cada dia que passa, um descontrolo nas previsões atmosféricas, as coisas já não são como antigamente, ou por derivação de um aquecimento global, ou porque o destino assim o quer. A verdade é que ficamos impotentes face ao que pode acontecer, essa é a realidade presente.

Um abraço a todos,

GW