31 de Março e, passa mais um dia do "Doente com AVC", ou que sofreu AVC. Raro é a situação em que não haja alguém com um familiar ou um amigo que não tenha sido acometido de um episódio de AVC.
Também eu passei por esse lado, e, felizmente , face a um grande apoio e uma enorme força de vontade consegui ultrapassar e estar quase a 100%.
Achei por bem, trazer aqui este tema. A todo o instante somos alertados por situações que nos trazem à mente ser Portugal um país, onde o AVC tem uma dimensão alarmante: a sua taxa de mortalidade é tão elevada, que leva os indicadores a nos apontar qualquer coisa como, 2 mortes a cada hora que passa. É esta taxa, uma das mais elevadas na UE, a intervenção com recurso ao internamento é superior a 25 000 doentes por ano, muitas traduzidas num elevado grau de incapacidade.
A realidade diz-nos que 50% dos doentes que sobrevivem a um AVC ficam com limitações nas actividades da sua vida diária. Face a estes números podemos compreender a importância de tudo o que envolve a doença , quer no âmbito pessoal, onde é mais sentido, pelos momentos atravessados com a doença e a exigente recuperação, quer a carga no meio familiar, e a necessidade tanta vez de adaptações a novas maneiras de estar de forma a criar um ambiente propício em que o doente não se isole, e não caia em depressão tanta vez com fins dramáticos.
São situações que além de trazerem uma dependência em relação a terceiros, nos transformam os momentos vividos, em situações de extrema impaciência, em que nos irritamos por tudo e por nada, não aceitando o "estado actual e o porquê" , tornando-nos muita vez agressivos, e consequentemente caídos numa depressão profunda.
Os meses que estive limitado a nível motor, transformou-me e muito negativamente, valeu-me o apoio da família, os filhos , a esposa, os amigos e todos os que comigo comungaram nos primeiros meses de recuperação. A eles devo, o optimismo que recuperei e a força de vontade, praticamente o "viver de novo" e saber que cada dia seria uma nova vitória.
Não querendo ser alarmista, mas, em Portugal é a primeira causa de morte e uma causa importante de incapacidade permanente. Doença definida como neurológica de início súbito que se prolonga por 24 ou mais horas, transmitidas em lesões cerebrais provocadas por alterações da irrigação sanguínea.
Se o acidente vascular ocorre de uma forma transitória , estamos perante um Acidente Isquémico Transitório (AIT) ou défice neurológico reversível. Os acidentes isquémicos desta natureza são um sinal de aviso de que algo estará para acontecer e que um problema maior pode estar eminente o que muitas das vezes aconte nos 5 anos seguintes à ocorrência do anterior.
Estas alterações a nível cerebral resultam da trombose de uma artéria, de lacunas, de embolia, hematoma intracraneano, hemorragia subaracnoideia e aneurisma ou malformações arteriovenosas , esta última foi a detectada no meu caso específico.
Estas alterações a nível cerebral resultam da trombose de uma artéria, de lacunas, de embolia, hematoma intracraneano, hemorragia subaracnoideia e aneurisma ou malformações arteriovenosas , esta última foi a detectada no meu caso específico.
Os três sinais de alerta do AVC são: dificuldade em falar, ficar com a boca ao lado e ter menos força num braço. No meu caso começou com perda de visão, dificuldade em falar e a subsequente paralização sobre o lado direito corpo, nesta situação deve(m) chamar logo o 112 caso apresentem estes sintomas e conduzidos a um hospital que tenha unidades de AVC.
boa saúde para todos / GW