Reparei nesta notícia algures na net ao ler os jornais de hoje. De imediato me veio à lembrança, se isto acontecesse por cá, no nosso País, com certos meninos que andam para aí, os proprietários estavam tramados.´
É sabido que há por aí muitos que fazem uso da casa alheia, no caso, não para pernoitar da forma explicita na notícia, mas sim para vandalizar. Mais ainda, há quem o faça quase diariamente e sem ser minimamente molestado, pois repete a acção vezes sem conta.
Mas falando do texto que se segue, achei engraçado, e a manuseabilidade demonstrada pelo sujeito para viver uma semana em cada casa, não posso de deixar de dizer que "tem pinta".
-------------------------------------------
É sabido que há por aí muitos que fazem uso da casa alheia, no caso, não para pernoitar da forma explicita na notícia, mas sim para vandalizar. Mais ainda, há quem o faça quase diariamente e sem ser minimamente molestado, pois repete a acção vezes sem conta.
Mas falando do texto que se segue, achei engraçado, e a manuseabilidade demonstrada pelo sujeito para viver uma semana em cada casa, não posso de deixar de dizer que "tem pinta".
-------------------------------------------
FONTE: Luís M. Faria (www.expresso.pt)
Nova-iorquino vive numa casa diferente todas as semanas
O 'nómada de Nova Iorque' está sempre a mudar de anfitrião. Quase nenhum o conhecia, e ele não paga renda. Mas tem marcações para meses.
Ed mudou-se para Nova Iorque para viver com a sua namorada
Há meses, Ed Casabian conheceu num bar uma rapariga estimulante. Ela deve ter achado o mesmo sobre ele, e ficou curiosa. A certa altura da conversa, perguntou-lhe onde vivia. Quando Ed referiu Central Park South - uma das zonas mais caras de Nova Iorque, junto ao Central Park - o interesse dela cresceu. Ficaram de marcar um encontro para uma semana depois. Mas quando nessa altura foi de novo referida a questão da morada, Ed admitiu que passara a residir em Queens, um 'borough' além-rio cujo habitante típico é de classe modesta. O encontro nunca chegou a acontecer.
Azares de quem muda de uma zona chique para outra menos prestigiada. No caso de Ed, as mudanças nesse sentido ou no inverso acontecem semanalmente. Todos os domingos ele pega na mochila e no saco de roupa (onde guarda um fato, mudas para duas semanas, e uma cama insuflável). Após despedir-se dos anfitriões que nos últimos dias o acolheram, atravessa a cidade em direção a outros. Quase sempre é gente desconhecida. A estadia foi marcada antecipadamente a partir do seu blogue NYC Nomad , (o nómada de Nova Iorque), onde a espera já vai longa. Os termos são sempre os mesmos. Ed não paga renda, mas cozinha e faz outras tarefas em casa. Além disso, convida os anfitriões para jantares e saídas à sua conta.
É um esquema original, que se julgaria impossível numa grande cidade, para mais uma geralmente tida por agressiva. Mas o sucesso de Ed mostra quão falsa é uma tal imagem de Nova Iorque. Desde que ele começou o seu périplo, nunca lhe faltou sítio onde ficar, e a diversidade impressiona. Conforme explica, tanto tem ficado em apartamentos de luxo como num de um quarto onde viviam duas raparigas (uma delas com o namorado) e dois cães. O seu objetivo declarado de conhecer gente de "idades, raças, religiões, orientações sexuais e situações económicas" o mais variadas possível está a caminho de ser atingido.
Ed tem 29 anos e é analista financeiro. Oriundo do Massachassetts, mudou-se para Nova Iorque a fim de viver com a sua namorada de há muito tempo. Mas a relação não resistiu. Quando Ed deixou o condomínio que partilhavam, estava em mau estado e perguntou-se o que é que tinha feito mais feliz. Resposta: viajar e conhecer gente nova. Como não era exequível passar a vida em viagem, resolveu tentar uma experiência equivalente na cidade onde vive e trabalha.
Inicialmente a ideia era ficar dois meses nesse regime. Vendo a recetividade que tinha, resolveu passar o Verão. Do Verão passou para um ano inteiro. Neste momento já viveu em trinta bairros e tem 'encomendas' para inúmeros outros. Os lugares que deverá habitar nas próximas semanas incluem um barco e a casa de uma família colombiana.
Nunca teve uma má experiência, garante. "Difícil, aterrorizadora, interessante, excitante" são as palavras que usa para descrever os seus próprios sentimentos em relação à ideia que teve e que tão bem sucedida está a ser. Pela sua parte, os anfitriões dizem-se encantados com a sua etiqueta de hóspede e notam que é preciso uma pessoa especial para se lançar numa experiência assim.
De vez em quando, sobretudo quando regressa de um fim-de-semana fora em trabalho, apetecia-lhe um espaço seu onde tenha as coisas que lhe pertencem. Chega mesmo a sentir a nostalgia do seu velho apartamento. Mas diz que os prazeres e gratificações do seu atual modo de vida logo afastam esses pensamentos. Em todo o caso, com a fama que ele já ganhou, a sua vida não deverá ser a que dantes era quando o seu ano de nómada chegar ao fim.
Nova-iorquino vive numa casa diferente todas as semanas
O 'nómada de Nova Iorque' está sempre a mudar de anfitrião. Quase nenhum o conhecia, e ele não paga renda. Mas tem marcações para meses.
Ed mudou-se para Nova Iorque para viver com a sua namorada
Há meses, Ed Casabian conheceu num bar uma rapariga estimulante. Ela deve ter achado o mesmo sobre ele, e ficou curiosa. A certa altura da conversa, perguntou-lhe onde vivia. Quando Ed referiu Central Park South - uma das zonas mais caras de Nova Iorque, junto ao Central Park - o interesse dela cresceu. Ficaram de marcar um encontro para uma semana depois. Mas quando nessa altura foi de novo referida a questão da morada, Ed admitiu que passara a residir em Queens, um 'borough' além-rio cujo habitante típico é de classe modesta. O encontro nunca chegou a acontecer.
Azares de quem muda de uma zona chique para outra menos prestigiada. No caso de Ed, as mudanças nesse sentido ou no inverso acontecem semanalmente. Todos os domingos ele pega na mochila e no saco de roupa (onde guarda um fato, mudas para duas semanas, e uma cama insuflável). Após despedir-se dos anfitriões que nos últimos dias o acolheram, atravessa a cidade em direção a outros. Quase sempre é gente desconhecida. A estadia foi marcada antecipadamente a partir do seu blogue NYC Nomad , (o nómada de Nova Iorque), onde a espera já vai longa. Os termos são sempre os mesmos. Ed não paga renda, mas cozinha e faz outras tarefas em casa. Além disso, convida os anfitriões para jantares e saídas à sua conta.
É um esquema original, que se julgaria impossível numa grande cidade, para mais uma geralmente tida por agressiva. Mas o sucesso de Ed mostra quão falsa é uma tal imagem de Nova Iorque. Desde que ele começou o seu périplo, nunca lhe faltou sítio onde ficar, e a diversidade impressiona. Conforme explica, tanto tem ficado em apartamentos de luxo como num de um quarto onde viviam duas raparigas (uma delas com o namorado) e dois cães. O seu objetivo declarado de conhecer gente de "idades, raças, religiões, orientações sexuais e situações económicas" o mais variadas possível está a caminho de ser atingido.
Ed tem 29 anos e é analista financeiro. Oriundo do Massachassetts, mudou-se para Nova Iorque a fim de viver com a sua namorada de há muito tempo. Mas a relação não resistiu. Quando Ed deixou o condomínio que partilhavam, estava em mau estado e perguntou-se o que é que tinha feito mais feliz. Resposta: viajar e conhecer gente nova. Como não era exequível passar a vida em viagem, resolveu tentar uma experiência equivalente na cidade onde vive e trabalha.
Inicialmente a ideia era ficar dois meses nesse regime. Vendo a recetividade que tinha, resolveu passar o Verão. Do Verão passou para um ano inteiro. Neste momento já viveu em trinta bairros e tem 'encomendas' para inúmeros outros. Os lugares que deverá habitar nas próximas semanas incluem um barco e a casa de uma família colombiana.
Nunca teve uma má experiência, garante. "Difícil, aterrorizadora, interessante, excitante" são as palavras que usa para descrever os seus próprios sentimentos em relação à ideia que teve e que tão bem sucedida está a ser. Pela sua parte, os anfitriões dizem-se encantados com a sua etiqueta de hóspede e notam que é preciso uma pessoa especial para se lançar numa experiência assim.
De vez em quando, sobretudo quando regressa de um fim-de-semana fora em trabalho, apetecia-lhe um espaço seu onde tenha as coisas que lhe pertencem. Chega mesmo a sentir a nostalgia do seu velho apartamento. Mas diz que os prazeres e gratificações do seu atual modo de vida logo afastam esses pensamentos. Em todo o caso, com a fama que ele já ganhou, a sua vida não deverá ser a que dantes era quando o seu ano de nómada chegar ao fim.
Bom dia para todos
Sem comentários:
Enviar um comentário