quinta-feira, janeiro 26, 2006

62 - Ser ou não ser...

Olá amigos, está um dia lindo, um Sol maravilhoso e uma temperatura amena, estou em casa, no alpendre virado a Oeste, abrigado de uma pequena brisa que sopra, nesta tarde de um Inverno primaveril. Junto a mim uma velha cadeira de baloiço, a qual não sei se aguentará o meu "peso" , estão a rir ? eu é que sei ...
Ser ou não ser ...
Puxo a cadeira até mim e nela me sento de pernas esticadas com os pés apoiados num pequeno banco de madeira, o mesmo banco onde há muito iniciei um livro que teima em não estar concluído, e ali me deixo ficar por uns instantes, contemplando o azul do céu, fazendo uma retrospectiva dos ultímos acontecimentos e do porquê de tais acontecerem. Abro um caderno e nele faço umas anotações sobre o acontecido , já vão uns anitos , em que me vi indirectamente responsável por um acidente. Então, estávamos em 2002, fui confrontado com a responsabilidade acrescida, por ser titular de uma viatura, responsabilidade essa referente a um acidente provocado por um individuo não habilitado para conduzir, até por sinal nosso vizinho, o qual, sem meu conhecimento e consentimento, abalou para parte incerta, tendo no trajecto provocado um grave acidente, envolvendo terceiros.
Tendo sido envolvido no processo como co-réu nas culpas apresentadas em processos (3) a decorrer, preocupa-me que nunca tenha sido notificado e ouvido após o acidente, apesar de na altura do mesmo ter feito a participação e justificando o abuso por apoderação da viatura sem consentimento, uma vez que não me foi permitido usar a expressão "roubo".
Volvidos 4 anos, sou chamado a um processo como réu, porque "A pessoa que provocou o acidente não comparece a um dos julgamentos, não tem meios de subsistência para pagar custas, e , em processo anterior, não ficou provado o mesmo ter levado a viatura sem autorização e assim ser culpado".
Bem, ao fim deste tempo, em que nada me é facultado por parte das entidades envolvidas, em que os Fundos de garantia actuam, e agora me vêm confrontar com toda a situação...
Apetece-me dizer um palavrão, assim se "dá cabo" da vida de pessoas, assim se leva para a frente formas de coação psicológica, desgaste pessoal, aborrecimentos e custos, em que de inicio tudo parece bem, e se aceita as declarações conforme, agora, porque alguém não assume responsabilidades, há que encontrar outro, ou outros que possam aos olhos da Lei (forçada) ocupar o lugar dos iniciais responsáveis.
Acreditam que isto me deixou mal ? pois é, apetece-me mandar tudo para um sítio que eu cá sei, mas começo a estar habituado a que tudo (ou quase) me aconteça, por vezes apresentamo-nos benevolentes demais, só porque não estamos habituados a agir de esta ou daquela forma menos digna, como tantos outros o fazem hoje em dia , certo é que existe sempre alguém que assim fáz, e esses começam a ser no meu entender os "espertos", ficando eu e outros como eu, com umas orelhas de todo o tamanho tal burro campestre.
Com estão a ver, este cantinho também serve para desabafos, por isso , desculpem qualquer coisinha...
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Bom dia para Todos / GW

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