"O que representam para mim as palavras que aqui deixo, e a importância que tal efeito tem em mim, só eu sei. Importante também o é, e muito , saber da aceitação de tais palavras junto daqueles que as acabam por ler, mais ou menos assiuduamente, mas muito mais importante é a recolha que faço aqui e ali de palavras com muito mais valor do que aquelas que eu escrevo e prova disso é o extracto de um texto que encontrei e que aqui deixo. As minhas palavras, comparadas com estas, são simples pontos de exclamação, e que eu aplaudo, tal é o efeito delas em mim..."
A URGÊNCIA DE VIVER
Existem certos momentos em que, mais do que nunca, sentimos a urgência de viver.
Teddy Kollek, prefeito de Jerusalém, propõe em sua autobiografia um décimo-primeiro mandamento: "Não serás paciente". À primeira vista, tal conselho parece ir contra uma das qualidades mais valorizadas pela humanidade – a paciência é uma virtude! No entanto, ao reflectirmos sobre as palavras de Kollek, percebemos que elas contêm uma grande sabedoria. A impaciência é necessária para remediar nossa tendência tão humana de protelar. Pois a verdade é que, em muitas áreas vitais de nossa existência, somos pacientes demais.
Esperamos demais para fazer o que precisa ser feito, num mundo que só nos dá um dia de cada vez, sem nenhuma garantia do amanhã. Enquanto lamentamos que a vida é curta, agimos como se tivéssemos à nossa disposição um stock inesgotável de tempo.
Esperamos demais para dizer as palavras de perdão que devem ser ditas, para pôr de lado os rancores que devem ser expulsos, para expressar gratidão, para dar ânimo, para oferecer consolo.
Esperamos demais para ser generosos, deixando que a demora diminua a alegria de dar espontaneamente.
Esperamos demais para ser pais de nossos filhos pequenos, esquecendo quão curto é o tempo em que eles são pequenos, quão depressa a vida os faz crescer e ir embora.
Esperamos demais para dar carinho aos nossos pais, irmãos e amigos. Quem sabe o logo que será o ser tarde demais?
Esperamos demais para ler livros, ouvir músicas e ver os quadros que estão esperando para alargar nossa mente, enriquecer nosso espírito e expandir nossa alma.
Esperamos demais para enunciar as preces que estão esperando para atravessar nossos lábios, para executar as tarefas que estão esperando para serem cumpridas, para demonstrar o amor que talvez não seja mais necessário amanhã.
Esperamos demais nos bastidores, quando a vida tem um papel para desempenharmos no palco (….)
(In net: Henry Sobel)
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